Fraternidade da Lei Áurea

Comandante Edgard Armond, em 1967, afastou-se da Federação Espírita do Estado de São Paulo, por motivos de saúde, as pesquisas pararam por algum tempo.
Em 1973, fundou a Aliança Espírita Evangélica; em seguida, com novos companheiros, entrou em contato com outros grupos; no entanto, só conseguiu identificar um grupo fraternal, também sob a orientação de Ismael, reunindo José do Patrocínio, Izabel de Bragança, Gonçalves Dias, Cruz e Souza, Almirante Tamandaré, Duque de Caxias e muitos outros, para continuarem trabalhando pela libertação daqueles que, embora libertos do corpo físico, continuam escravizados à revolta, ao ódio ou, ainda, ao álcool ou drogas semelhantes.
Esse grupo conta, também, com a colaboração da Grande Educadora, chamada pelo Dr. Bezerra de Menezes de Senhora Anália Franco.
Reabilitando índios e negros que, de antigos escravos, passaram, então, a trabalhadores do Bem, esses irmãos ajudam, por sua vez, aqueles que, peregrinando pela senda do sofrimento, são vítimas de amargura e humilhações.
Como em todos os agrupamentos, encontramos, ainda, médicos e juristas, além de escritores, que, como Humberto de Campos, nos continuam trazendo páginas esclarecedoras.
Participam, igualmente, dessa tarefa discípulos da Fraternidade de Jesus, como o Dr. Militão Pacheco, que dá assistência aos doentes.
E como em todo trabalho socorrista, esse grupo conta, ademais, com a colaboração de um corpo de enfermeiras, que sob a direção de Ana Nery, ajudam na assistência àqueles que, por desconhecerem a Lei de Amor, levam consigo grandes males perispirituais.
Essa Fraternidade costuma dividir-se em grupos, e cada qual tem o seu emblema.
Quando o Duque de Caxias se faz presente, sempre que se tornam necessárias vigilância e disciplina maiores, leva em sua túnica duas espadas cruzadas, enquanto o Almirante Tamandaré, continuamente ativo, quando se apresentam problemas marítimos, traz uma embarcação, parecendo um cisne branco.
Os antigos bandeirantes mostram, pendurada ao pescoço, uma grande esmeralda, oferecendo a esperança de uma vida melhor às vítimas da aflição.
Já o corpo de enfermagem traz em sua túnica branca a cruz vermelha e está sempre socorrendo os feridos e desalentados pelas estradas da vida.
Os índios e negros, que foram escravizados, usam como insígnia uma algema luminosa e aberta, mostrando que só aqueles que se libertam das mágoas do passado é que podem indicar o caminho da libertação. Com isto, aprendemos: "Só pode ser livre quem sabe honrar a liberdade".
Martha G. Thomaz

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